Entrevista: Guilherme Romão
- ricardorpresende
- 7 de abr. de 2020
- 4 min de leitura

Ele é um autor iniciante buscando seu espaço no cenário da literatura fantástica nacional. Guilherme Romão é o autor de Um Convite no Fim, que está em pré-venda pela editora Flyve (selo Voe) até o dia 09/04, e me concedeu essa entrevista, falando sobre sua obra e mais!
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Ricardo R. P. Resende (RRPR): Guilherme, eu gostaria que você falasse um pouquinho ao seu leitor sobre Um Convite no Fim. O que ele pode esperar encontrar no livro?
Guilherme Romão (GR): Ricardo, esse livro é uma fantasia sombria, então o leitor vai encontrar muitos pontos bem sombrios na trama, mas é um livro que é muito sobre aventura, família… Você vai encontrar amizades fortes e romance também. Vai encontrar pessoas que se preocupam umas com as outras. Mas também, como é uma fantasia sombria, você vai encontrar situações bastante desesperadoras. Então tem de tudo. Pontos muito altos, muito baixos e um final muito legal.

RRPR: Fantasia sombria muitas vezes é um gênero associado a histórias com violência bem explícita. Isso se aplica a Um Convite no Fim?
GR: Se você considerar descrições razoáveis de ferimentos nas cenas de ação, então sim. Mas o ponto principal que transforma em uma fantasia sombria é o tema. O livro trata de morte, e como algumas pessoas lidam com ela.
RRPR: Ao trabalhar o tema da morte, como o livro aborda as crenças mais comuns acerca dela?
GR: O trabalho da morte no livro é o de fim e vazio. Ela termina a vida e guia a alma para o que estiver além. O contexto do livro é a necessidade de se garantir que as almas não fiquem vagando, mas sigam seus caminhos.
RRPR: Vamos falar um pouco agora dos personagens do livro. Conte-me um pouco sobre eles.
GR: Vito é um rapaz que tem uma doença que não vai permitir que ele tenha uma vida longa, apesar disso ele não permite que a doença o impeça de viver o máximo da vida. Mas em seu íntimo, e no decorrer do livro, descobrimos que não se trata de um personagem com vontade inabalável e seu quadro emocional é muito mais frágil do que imaginávamos. César é um ceifeiro muito poderoso, de humor ácido, que é extremamente insatisfeito com o conceito de morte e fim. Essa insatisfação fica cada vez mais clara no decorrer do livro. O gêmeos De Dood, são personagens muito importantes para história e carregam o clichê das personalidades opostas, que eu adoro! Mas o ponto mais importante dos gêmeos é que seus princípios não são nada opostos e seu amor e carinho por Vito é grande é real.

RRPR: O convite no fim, então, é feito ao Vito pelo César?
GR: Exatamente! Boa dedução.
RRPR: Os gêmeos De Dood são figuras sobrenaturais, como César, ou humanos, como Vito?
GR: Completamente, 100%, humanos!
RRPR: Você me disse que Um Convite no Fim é uma fantasia sombria. É um gênero que você costuma ler muito? Quais são seus autores preferidos?
GR: Sinceramente não é meu gênero preferido de leitura. Por incrível que pareça, gosto muito de ler livros infanto juvenis. Como "As Crônicas de Nárnia", de C. S. Lewis, ou as séries do Rick Riordan. Mas quando estou escrevendo meu estilo de me expressar não é esse. Sinto que engano o leitor se não fizer uma luta parecer real e ter consequências reais. Não é assim em todos os meus livros, mas preciso me dar uma boa razão antes de escrever sequer uma palavra de uma história nova.
RRPR: Você sente que seus autores favoritos têm muita influência no seu estilo de escrita?
GR: Menos do que eu gostaria. Meu sonho é escrever como eles, mas quando coloco a caneta no papel, não é o narrador bem humorado do C. S. Lewis que aparece. Nem o ritmo emocional acelerado do Rick Riordan. Meu próprio estilo, cheio de cacoetes e problemas de técnica é que continuam aparecendo.
RRPR: Nesse seu estilo, o quanto você sente carregar da sua experiência de vida como um todo?
GR: Em cada letra e cada palavra. Minha história mudou muito o meu estilo ao longo dos anos. Cada experiência contou para mudar minha forma de ver como um livro deve ser escrito. Por exemplo: acreditei por muito tempo que um bom livro poderia ser escrito por pura inspiração. Hoje acredito que um livro é escrito com trabalho duro e um universo vivo. Se você retira qualquer desses dois pontos, seu livro se torna fraco. Aprendi isso escrevendo vários livros fracos.
RRPR: Guilherme, o que te motiva a escrever?
GR: Provavelmente o que motiva todo escritor. Todo artista. Aquele impulso de criar. Aquela ideia que você quer ver viva. Aquele sentimento que você quer compartilhar. Uma visão que eu não quero que fique apenas na minha cabeça.
RRPR: Guilherme, muito obrigado pela entrevista! Para finalizar, gostaria que você deixasse uma mensagem para os seus leitores.
GR: É em tempos de crise que artistas podem realmente mostrar o seu valor. Não pelo preço que as pessoas podem pagar por nossa arte, mas pelo impacto que podemos causar nas vida dos que mais precisam do que fazemos para conseguir passar por esses dias complicados.
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